Então vamos lá, quinta-feira, cinco de setembro, oito horas
da manhã, eu e Fernando estamos acordados, aliás, acho que nem dormimos, mas
isso não importa, o que importa é que colocar toda a bagagem na mala do carro
teve que ter planejamento quase estratégico.
Eu estressada pela
própria natureza e para piorar, de TPM (vale lembrar que a minha TPM é daquelas
insuportáveis), disse o tempo inteiro que não caberia tudo, por que acredite,
até patins e skate faziam parte do que era necessário levar para viver em São
Paulo. Mas no fim, com a ajuda de Rayo (minha irmã) e Lucas (meu cunhado), tudo
foi bem encaixado, inclusive a cuscuzeira e os cabides.
Só conseguimos sair de casa às 10:30h da manhã, mas antes
ainda fui me despedir de painho e depois de mainha (pela terceira vez, eu acho)
e aí começamos a pegar de fato a estrada, eram 11:30h da manhã.
Na primeira hora só deu pra chegar em Abreu e Lima
(cidadezinha antes de Recife), muito caminhão na pista, fizemos em torno de 95
km. Na segunda hora fizemos menos quilometragem, apesar da pista duplicada, o
trânsito em Recife era intenso.
Uns 40 km antes da divida PE/AL a estrada é impraticável,
muito buraco, crianças no meio da estrada tapando buraco e pedindo dinheiro,
não recomendamos ir à noite de jeito nenhum.
A estrada melhorou depois da divisa, ainda com buraco, mas o
problema era o trânsito intenso de caminhões, não há sinalização e muito ruim
de trafegar.
Para variar fiquei enjoada, tínhamos comprado quatro
coxinhas, Fernando comeu as dele e as minhas, por que eu não tava agüentando nem
o cheiro.
Na quinta hora, erramos o caminho em 10 km por que seguimos
a placa que indicava ir para Maceió e isso nos tirava da BR 101, nos levando
para a BR 104 e precisávamos nos manter na 101 já que não era necessário entrar
em Maceió, mas mesmo corrigindo o erro, 26 km depois de entrar no caminho
certo, pegamos um protesto sabe lá Deus de que, e tivemos que voltar para o “caminho errado”, pegamos um engarrafamento
monstruoso na entrada da cidade e nossos planos começavam a cair por terra, já
que não queríamos dirigir a noite.
Abastecemos na saída de Maceió, pois a regra era clara,
abastecer antes de chegar a 1/4 do tanque. O litro da gasolina estava o mesmo
de João Pessoa, 2,79. Fizemos os cálculos para saber quantos quilômetros o
nosso carro (Honda Fit) estava fazendo com 1 litro e chegamos a marca de 17
km/L.
Começou a escurecer e estávamos tentando ir o mais longe que
conseguíssemos, mas a estrada está em obra de duplicação e com isso tem muitos
desvios e pouca sinalização.
Decidimos parar em PROPRIÁ-SE, entramos na cidade, e tudo
muito sinistro, não encontramos pousada e quando Fernando entrou num hotel para
vê disponibilidade, não tinha garagem, só tinha homens hospedados e no curto
espaço tempo que Ficou lá, percebeu as portas dos quartos sempre abertas.
Decidimos comer, voltar para estrada e tentar chegar a Aracaju e assim fizemos.
A estrada estava boa e bem movimentada, chegamos em Aracaju
ás 22:20h e paramos para dormir num Motel mesmo.
Ainda de manhã pude falar com meu filhote pelo skype, senti
uma saudade gigante e vê ele extremamente emocionado por conseguir me vê pelo
computador foi fascinante, pena que a internet não segura muito tempo. A saudade
hoje está igual a distância, só aumentando.
Esse foi nosso primeiro dia e deu pra perceber que nem tudo
que foi planejado será executado, precisamos traçar novos planos, novos
caminhos a cada imprevisto que aparece na estrada, assim como na vida. Estamos
à caminho São Paulo, que você me traga parte do planejado e me surpreenda com
bons “imprevistos”.
Boa Noite
GASTOS DO PRIMEIRO DIA:
COMBUSTÍVEL EM JP –PB – R$ 132,00
REI DAS COXINHAS – R$ 27,50
COMBUSTÍVEL MACEIÓ –AL – R$ 69,00
JANTAR EM PROPRIÁ –SE - R$ 45,00
TOTAL R$ 273,50
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