domingo, 27 de fevereiro de 2011

O tempo


      Tempo......sempre reclamamos de alguma coisa, se temos pouco, queremos mais, se estamos ansiosos para algo acontecer, tudo passa devagar...será que somos mesmo a geração dos insatisfeitos? Eu já acho, que na verdade, somos os únicos que tivemos coragem de lutar pelo que desejamos.
      Se você pudesse parar o tempo, tudo parasse ao seu redor, só você se mexeria, o que queria fazer? dormir? tem muitos que acham que dormir é perder tempo, com o tempo parado, esse problema não teria. Sim, mas o que você faria com o tempo parado? Iria para perto de quem? fugiria de alguém? mudaria alguma situação? transformaria um momento de tristeza em alegria? ou simplesmente iria pra bem longe, um lugar que mesmo quando o tempo voltasse a funcionar, já estaria tão longe, que não teria para quem justificar a partida, não teria despedida. E a mais importante, por quanto tempo, você pararia o tempo? por alguns segundos, minutos? algumas horas? dias? anos? ou quem sabe por uma vida inteira?
     Eu não me sinto no direito e nem muito menos no dever de responder nada, mas o que eu queria com o tempo parado, era usufruir apenas do silêncio, não queria ouvir o celular tocar, não queria nem ouvir a música que gosto, não queria ter que resolver nada, nem mandar em ninguém, e nem obedecer, não queria esperar um reconhecimento, e nem um carinho, não queria ser cobrada e nem cobrar nada de ninguém, eu queria aquela paz utópica, aquilo que não conseguimos nem quando viajamos de férias. Quanto de quem fugiria ou pra quem correria, isso é uma resposta que fica apenas no pensamento, ou se realmente eu conseguisse parar o tempo.
      Tem dias que eu queria que o dia tivesse 28 horas, e tem dia que se ele tivesse duas, seria suficiente...somos mesmo a geração da insatisfação, mas não me irrito com isso, eu quero mesmo é fazer o gosto e reclamar do que não gosto.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quando somos crianças só queremos crescer, queremos logo completar 15 anos, é pra sair a noite, fazer as coisas que gosta e namorar....mas não satisfeitos, queremos logo 18 anos, ahhhh....a liberdade, independencia.....dirigir, transar.....ei! quem disse que seria assim? onde está escrito que tudo é lindo e livre? Pois é, com isso, continuamos insatisfeitos e desejamos os 21.....21 chega, e o que muda? chega a liberdade junto com a responsabilidade, e aquilo que queríamos fazer aos 15, já não tem nem graça de tão comum, e com 21 alguns já trabalham, são casados e sustentam suas familias e os que não, apenas se divertem....se dirigir é bom, isso é...em particular me dá uma sensação maravilhosa de dominar o mundo, até chegar ao destino né? de pegar filho na escola, marido no trabalho e etc. Hoje com 27 anos, já não desejo chegar a idade alguma, nem aos 30 e nem muito menos aos 40, não há nada que eu não faça agora, que com essa idade eu não possa fazer, que chegarei aos 42 isso é fato, o que vem depois deve ser a segurança de viver em paz com minha família. Hoje me vejo diferente de quando tinha 15, 18 ou 21, óbvio, a tolinha daquele tempo perdeu para mulher de hoje, com uma vida corrida e cheia, cheia de responsabilidade, daquelas que você não tem tempo nem pra si mesmo. Agora, parando pra pensar, eu queria voltar a ter 18 com a cabeça de 27 (eu sei que muitos, desejam isso)....tanta coisa seria diferente, mesmo sem saber o que me aconteceria...mas sim, eu mudaria o percurso de muitas histórias. Lembro-me com saudade, do tempo de escola, do tempo que a única preocupação era com a prova que não tinha estudado, que dormir a tarde inteira era comum entre minhas amigas, que ficar ao telefone por horas era apenas pra conversar besteiras....uma vida leve, sem peso nas costas, sem ter que pensar no que vai fazer no outro dia e saber o que vai dá tempo pra resolver. Ontem, me peguei pensando quando chegaria minha vez de receber carinho, e atenção, quando me perguntariam se estou legal, quando me fariam cafuné deitada no sofá de perna pra cima, é....acho que isso não acontecerá mais, hoje é a minha vez de perguntar se tá tudo em ordem, de fazer cafuné na cabeça de alguém e que o que sinto ou penso seja apenas dito no silêncio dos meus sentimentos. Carência? pode ser, mas ela é crônica, incurável é algo que adquiri com a maturidade. Contraditório? Sim. A maturidade deveria me dá sabedoria pra não sentir isso? É exatamente o saber da vida, o ato de vestir a armadura pra lutar, que nos torna o que somos, duros, e resistentes. Tudo tem consequencia, tudo, tudo na vida, não há nada que você faça que não te seja cobrado depois, seja de bom ou de ruim, você verá o destino te bater a porta e cobrar seus débitos ou devolver seus créditos! Você quer receber débitos ou créditos?? Eu tenho me dedicado pra ter créditos, mas sei que virão débitos....por que sei, que nada passará em vão!!!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O que é pra sempre?

Eu nunca me vi numa situação tão sem saída quando me questionei pela primeira vez: e agora é pra sempre?
Muitas pessoas que faziam parte da minha vida naquela época, há exatamente seis anos, se chocaram com isso, e talvez tenham passado a se perguntar também, o que dessa vida dura pra sempre? e nós queremos que dure pra sempre? Pois é, vez ou outra me questiono ainda hoje sobre isso. Na vida tem coisas que como filosofia, serão para mim, levadas pra sempre e não por conveniência do mundo e sim por mim mesmo.

O choque de um relacionamento que duraria pra sempre em minha vida, me levou a depressão, e no momento mais especial da vida de uma mulher, eu me perguntava: tudo agora será pra sempre? naquela etapa, eu queria ter tudo sob controle, e tinha, realmente tinha, podia até não fazer uso, mas o que valia pra mim, era saber que quando eu quizesse usar, usaria esse poder de mudar tudo!

Dois relacionamentos seriam pra sempre, meu filho e o meu marido (por que pra mim, casamento tinha que ser pra sempre), que ainda era namorado, apesar de um namoro longo de 7 anos, eu não tinha dúvida que o amava, mas tavez ali, com 21 anos, não fosse o momento de ser pra sempre. Dos pensamentos que me afligiram, só eu e Deus sabemos.

De fato, o que eu temia nesses novos relacionamentos, era perder a minha privacidade, a minha individualidade, parece um pensamento egoísta, mas aqui não preciso ter pudor em falar do que sentia, porque muitos sentem a mesma coisa.

Agora, seis anos se passaram e ainda durante a gravidez eu aceitei a minha nova história e resolvi ser feliz com isso, cheguei a conclusão que para viver qualquer relacionamento é necessário abdicar de algumas coisas. Privacidade? individualidade? isso eu perdi mesmo.

Recentemente, passei por um problema bem pessoal, daqueles que você não quer dividir nem com o seu pensamento, o que tentei esconder do mundo, meu organismo respondeu externamente, mas pra curar a dor, só o tempo e o silêncio, é isso mesmo, o silêncio! Já se viu na necessidade de ficar em silêncio absoluto? sem barulho de tv, de carro, nem da respiração, daquele silêncio onde você se encontra com o mais profundo sentimento, as lágrimas caem sem controle, mas é só o que você precisa.

Hoje, fica complicado conseguir isso. por que em todo lugar tem alguém ou alguma coisa que quer saber porque você está assim ou que queira até te ajudar, mas ninguém, nem meu marido, nem minha irmã, saberia o que dizer ou o que fazer. Aí me pergunto mais uma vez, por que quando não somos casadas temos nossos segredos, e depois, não podemos ter ou não nos damos ao direito de ter, sou da opinião que todo mundo tem que ter algo que seja só seu, mesmo que seja a vontade de estourar o cartão! rsrsrs

Amadureci cedo demais, e nem sei se isso é lucro ou despesa, por que vejo o mundo com outro olhar, crítico demais, e muitas vezes duro, mas do meu coração, eu sei de coisas que ninguém imagina, e que eu levarei pra sempre dentro de mim. Talvez eu passe por essa vida sem dizer ou viver o que realmente queira, mas vou vivendo pra sempre enquanto durar!

Pois é, esse post foi quase um desabafo. Mas sei que muitos vão se questionar do que realmente TEM que ser e o que DEVE ser pra sempre!

Se você hoje quizesse sumir no mundo, você poderia? O que é que te prende? O que você tem que é pra sempre? Pois é, era isso que aos 21 anos de idade eu gostava de responder: SIM, NADA, NÃO!!!!

 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Novas Relações

Eu estava pensando com que assunto começar, e não queria falar de mãe e filho e nem de casamento, porque são relações delicadas e que merecem uma postagem bem completa, cheia de detalhes e que nos assemelhe. Mas essa semana, estou passando por uma experiência que há alguns anos não acontecia, e por causa do blog, passei a observar melhor a mim e as pessoas que estão ao meu redor.

Comecei um emprego novo, e fatalmente isso significa fazer novas amizades e novas relações profissionais. Eu tenho uma característica muito forte, falo muito e gesticulo muito mais, chegar num ambiente que já tem um grupo formado não é moleza, é complicado tirar conclusões do tipo: quem é legal, quem não é, quem é boa profissional e tal, e não se engane, enquanto você faz esse raio X do grupo, o grupo inteiro faz esse raio X de você, então, me dei conta, que nos primeiros dias não somos nós mesmas, nada é muito natural, eu por exemplo, tenho me esforçado bastante, para falar baixo, pouco e principalmente, não dá opinião em todos os assuntos, o que eu tenho como hábito. E portanto, estou sendo um pouquinho artificial mas, não confunda com falsidade, por que é longe disso, a tendência é que aos poucos eu consiga mostrar como sou e doa a quem doer e aceite quem quiser, mas aí, já estou no grupo, as pessoas já vão gostar de mim (ou não!!).

Como disse no começo, fazia tempo que não começava num trabalho novo, tem um ano que abri meu próprio negócio, agora em 2011 apareceu esse novo projeto e resolvi agarrá-lo.

Vê tudo isso acontecendo me fez perceber que todo mundo, quando começa num lugar novo, seja trabalho, igreja, universidade, sei lá, qualquer coisa mesmo, tenta esconder o que acha que é defeito, ou o que acha que é exagero, tenho um exemplo e acredito que vão concordar comigo: você chega na universidade, tem um carro do ano e mora na praia e já fez várias viagens, claro, se você não for daqueles exibidos que querem que as pessoas saibam que você é rico de cara, a tendência é primeiro conhecer algumas pessoas,  fazer amizades, depois que as pessoas criam um conceito sobre você, e percebem que você é legal, devagar, vão descobrindo que você é podre de rico, mas isso não vai mais fazer diferença, pelo contrário, ninguém vai te achar um burguês metido.

É bem isso, eu tô longe de ser rica, inclusive essa é minha meta, ser rica um dia, mas no meu local novo de trabalho, não falo muito da minha vida pessoal, só se me perguntarem é óbvio, por que quem muito fala de si mesmo quando chega, passa a impressão de esnobe, e que quer ser melhor que os outros, com o tempo, falar de si mesmo se torna corriqueiro. Como percebo que a maioria trabalha pra se sustentar, (eu também tá pessoal mas, esse trampo tem outros objetivos pra mim e também é pra atingir a meta, aquuueelllaaa meta), nenhum sabe que tenho empresa, e acho desnecessário falar sobre isso, quando o assunto surgir...aliás, acho que nem vai surgir, eu vou deixar as coisas fluirem naturalmente.

A melhor coisa, para as experiências novas, é sempre ter paciência e observar tudo, os piores micos são: forçar ser aceito, rir quando nem participa da conversa, fingir que é a pessoa mais disponível do mundo, fica perguntando se querem água ou cafezinho o tempo todo, e ainda tem aqueles que tentam mostrar que não precisam do emprego, que estão ali só pra não ficar em casa sem fazer nada, e o pior de todos, participar das fofocas, com direito a opinião, como fofocar ou ter uma opinião sobre alguém se você acabou de conhecer as pessoas? Corra disso, não precisa fazer fofoca pra ser aceito!!!

Como hoje estou numa posição de empregada, estou falando de mim, mas ao mesmo tempo, tenho função de empregadora, e quando começa um novato a trabalhar comigo, eu sempre penso, só daqui há algumas semanas saberemos quem realmente é!!!!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O começo

A idéia do blog surgiu no final do ano de 2010, demorei a construir o projeto, porque queria ter certeza se era isso que faria, estava com uma vontade enorme de escrever minhas opiniões, sobre as relações que construimos ao longo da nossa jornada na vida, sejam elas com vizinhos, com marido, com namorado, com amigo, com amiga, chefe, pai, mãe, filho, são muitas coisas, e não queria começar e não terminar, por isso, só agora em fevereiro conclui e realmente só colocando num blog para poder ser lida e entendida, claro, parte disso será construída com sua opinião, caro leitor, por que não quero falar de mim, quero falar do que vejo, e do que ouço por aí, não falarei só da minha vida e das minhas experiências, tudo que se assemelhar com sua vida, será mera coincidência, por que aqui haverá relatos da vida real e quero sua companhia do começo ao fim. Desejo uma boa leitura e que não deixe de opinar, por que não sou dona da verdade!!


Gaby