segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Quarto e último dia









Nossa aventura continua, acordamos bem cedo e nem o fato de serem duas camas de solteiro nos separaram, dormimos a noite toda em uma única cama, o frio em Governador Valadares foi um ótimo pretexto para dormir bem agarradinho.

Voltando à falar da viagem, pegamos a estrada bem cedo, eram 7h da manhã, hoje o objetivo era 905 km e precisava ser cumprido, a estrada de Governador Valadares até BH estava perfeita, a questão era que por ser serra, tinha muita curva, mas tudo muito bem sinalizado e isso nos era suficiente.

O tempo bom também favoreceu para que nosso trajeto fosse tranquilo, conversamos muito, e tentamos não pensar que passaríamos doze horas dirigindo, paramos poucas vezes, para fazer xixi e fazer um lanche bem rápido, como meu enjoo continuava, paramos também pra comprar tangerina, que devorei quatro de uma vez.

Quando chegamos na Rodovia Fernão Dias a pista é melhor ainda, claro que pagamos por isso, afinal, pedágio é o que não falta, mas muito tranquilo viajar por ela, pudemos tirar todo o atrasado e assim, como o previsto, as 17h faltavam 100km para chegar em são Paulo. Nesse momento, eu estava ao volante, deixei meu piloto descansar e dirigi os últimos 330 km.

O que eu não sabia era que o mais distante da viagem seriam esses 100 km, paulista que é paulista, viaja no feriado, mesmo que tenha caído num sábado, assim, eu, paraibana, junto com meu paulista, estava chegando, digamos, que numa hora imprópria.  Tive que passar a direção para Fernando, por que o trânsito é bem diferente do que eu estou acostumada.

A cidade num caos, dia de Domingo a tardinha na minha cidade, o povo dorme, vai pra calçadinha, shopping, cinema, come pizza e principalmente, descansa, não há trânsito e engarrafamento aos domingos, mas a primeira lição para mim, foi essa, aqui tudo é diferente.

Acredita que de seis horas da noite ainda tem sol? E que a melhor rádio pra se escutar música é aquela que toca sobre o trânsito? Então, essas são as “boas” impressões que a cidade “grande” me passou assim que cheguei.

Hoje não fez frio, o que foi bom pra mim, por que não aguentaria mais isso.

Chegar em casa (na casa dos pais do Fê) não foi fácil, parece que a ficha caiu literalmente, me fazendo até perder a ligação. Queria minha casa, minha cama, meu banheiro, queria meu filho, minha mãe, meu pai, minha irmã...queria tudo que não era possível. Respirei fundo e num meu momento de menina de 15 anos mimada, pedi pra voltar pra casa. Fernando quase fica maluco, sem saber o que fazer, eu sentada na cama, sem saber nem por onde começar a arrumar as malas, querendo e precisando tomar banho e sem saber onde tava minha cabeça, imagina a toalha.

Mas essa atitude durou pouco, entrei no banheiro, tomei banho, jantei e voltei pro quarto, me sentindo turista da própria vida me deitei na cama e dormi.

Nossa viagem terminou, mas eu vou continuar a contar minha estadia por aqui, por que sei que daremos muitas risadas disso tudo e também sei que irei derramar milhões de lágrimas e é sempre bom ter alguém de expectador.


Boa noite Pessoas lindas


GASTOS DO 4º E ÚLTIMO DIA
TANGERINA 4,00
LANCHE EM MG 10,00
PEDAGIO 1,40
GASOLINA 110,00
GASOLINA 50,00
PEDAGIO 1,40
PEDAGIO 1,40
PEDAGIO 1,40
PÃO DE QUEIJO 5,00
PEDAGIO 1,40
PEDAGIO 1,40
PEDAGIO 1,40
PEDAGIO 5,40
PEDAGIO 7,30
PEDAGIO 1,50


TOTAL: 203,00

E a viagem não acabou (terceiro dia)

Então vamos da continuidade a saga da Nordestina que para inovar, repete o que há anos os nordestinos estão fazendo, saindo do paraíso para São Paulo, acho que não tive muita criatividade quando decidi isso, mas vamos lá!

Dia de sol, estrada boa, saímos de Jequié – BA e nosso objetivo era chegar em  BH, isso nos levaria a ter que percorrer  994km, seria difícil, mas não impossível, então, continuei como navegadora e meu excelentíssimo marido como piloto.

O problema é que dia 07 de setembro em Vitória da Conquista, ainda na Bahia, o trânsito na BR 116 foi interrompido para o desfilo cívico, que beleza!  Sabe o melhor? Ninguém dentro da cidade (ninguém leia-se agente de trânsito) para orientar como sair da cidade de volta para estrada, perdemos em torno de 40 minutos nessa brincadeira.

Paramos para comprar um lanche, eu continuava enjoada e por isso, Fernando comia por mim e por ele, o frio era de lascar na cidade, estava de short e quando desci do carro, quase congelei, de verdade, fiquei meio em forma de estátua até que Fernando me tocou e quebrou o gelo.

Seguimos estrada e tínhamos que parar para trocar o óleo do carro, que para os próximos aventureiros, não recomendo nunca economizar trocados para trocar o óleo na estrada, paramos em dois postos, um (em Vitória da conquista ainda) não trocava de carros, apenas caminhões e no segundo, eles não tinham ferramenta para tal coisa.

Paramos no terceiro posto e parece que havia pessoas dispostas em ajudar, demoramos mais de uma hora e ainda quebraram o parafuso do carro, sei lá de onde e sei lá por que, mas quebraram, nessa hora, estava dentro do carro jogando candy crush e ouvindo música (sim, sou viciada em candy crush e só podia jogar quando o carro parava por muito tempo, estou numa fase difícil que precisa de concentração e como fico enjoada, não posso jogar com o carro em movimento).

O problema de ouvir música é correr o risco de ouvir o que me faz lembrar das pessoas que ficaram no meu paraíso, hoje o dia não foi fácil, parece que a ficha vai caindo e saudade apertando, e tenho um problema com as lágrimas, quando começo, não consigo parar.

Acho que os funcionários do posto acharam que fui sequestrada, pelo choro e pela cara de mau humor (por que não esqueçam, ainda não menstruei e minha tpm continua) e não tava mais afim de disfarçar felicidade em largar tudo, em ir em busca do novo, tava era afim de chorar, então....”CHOREI CHOREI ATÉ FICAR COM DÓ DE MIM”

Fernando resolveu que almoçaríamos ali mesmo, pois é, ele come muito e nessa onda, eu fiquei gorda novamente, então, comi um pratão com abacaxi e laranja, isso cura meu enjoo e mata minha fome.

Seguimos estrada, mas com todos esses atropelos, tivemos que parar em Governador Valadares. Encontramos um hotel com aqueles requisitos que sempre procurávamos, garagem, segurança e cama (deixou de ser cama de casal, por que nesse hotel, só tinha vaga em quarto com duas camas de solteiro).

Boa noite pessoas lindas!



Gastos do dia:

PEDÁGIO: 3,10
PEDÁGIO: 3,10
LANCHE EM VITÓRIA: 5,00
COMBUSTÍVEL: 98,00 (2,91 O LITRO EM VC)
PEDAGIO: 3,10
TROCA DE ÓLEO: 42,00
ALMOÇO: 40,00
COMBUSTÍVEL: 82,00 (2,80 O LITRO EM MG)
HOTEL EM GOVERNADOR VALADARES: 88,00
LANCHE DO JANTAR: 12,50

TOTAL: 376,80


sábado, 7 de setembro de 2013

A Viagem continua (segundo dia)


Nosso segundo dia na estrada começou cedo, mas não de madrugada, por que precisávamos dormir bem, principalmente eu que morro de preguiça de acordar.

Dormir no Motel foi bom, o carro ficou seguro e tínhamos o conforto necessário para dormir, o problema eram as muriçocas e o ar condicionado que fazia barulho, ou seja, pouco conforto!

O café da manhã fornecido pelo estabelecimento também estava bem variado, fruta, suco, ovos, queijo e presunto, do jeito que eu e Fê gostamos.

Pegamos a estrada às 8:45h,  nesse primeiro trecho a pista estava ótima, uma parte duplicada e outra simples, porém, sinalização que é bom, zero!

Hoje o dia foi difícil por causa da chuva, muita mesmo!

Nos perdemos mais uma vez, mesmo com dois GPS, fica complicado quando não há sinalização adequada, assim, nosso trajeto aumentou em 50 km, mas a vantagem é que essa estrada estava praticamente sem trânsito e como não tínhamos pressa por causa da chuva, aproveitamos bem para admirar a paisagem.

Paramos para abastecer em Alagoinhas –BA e  pagamos R$ 3,06 pelo litro, um absurdo de caro!
Quando conseguimos acertar o caminho e voltar para BR 101, apesar da estrada está boa, o trânsito e chuva eram intenso.

Paramos em Feira de Santana para almoçar, trânsito maluco nessa cidade e de sinais (semáforos) extremamente demorados, mas o almoço tava delicioso, exceto pelo vatapá, por que tava do jeito que baiano gosta e não paraibana, tava muito apimentado.

Por causa da chuva, não conseguimos chegar em Vitória da Conquista, que era nosso objetivo, rodamos apenas 580 Km hoje e ontem, já que eu esqueci de colocar no post anterior, rodamos 690km.

Resolvemos parar em Jequié-BA, mas chegamos sem saber, no encontro nacional de motociclistas, ou seja, hotéis lotados e a cidade num verdadeiro inferno, terra sem leis de trânsito, moto para todo lado, todo mundo buzinando pra nada e mais uma vez decidimos voltar para estrada, mas depois de fazer um lanche, achamos um hotel que tinha vaga.

Tudo que precisávamos era de um canto para deitar, garantir o carro bem guardado e silêncio, mas as muriçocas nos perseguiram e queriam nosso sangue a todo custo.

Quarto com uma única tomada e três celulares e um notebook para carregar, foi preciso virar ninja para conseguir carregar tudo. Fora isso, precisei  me concentrar para dormir nunca caixa de fósforo, por que o quarto era muito pequeno e com o teto baixo, quase sufoquei!

Mas por incrível que pareça, eu e Fernando, apagamos.

Nosso segundo dia foi tranqüilo apesar da chuva e do meu mau humor, por que preciso confessar, ele continua aqui, coladinho em mim, eu só tenho pena de uma pessoa, do meu marido, que está agüentando meu mau humor, minha tristeza e minha saudade do meu povo.

Eu sei que depois dessa semana, sou eu quem vou agüentar o mau humor dele por três semanas (por que ele também tem TPM, só que dura muito mais), mas mesmo assim eu sei que a minha semana supera as três dele.

Boa noite

GASTO DO SEGUNDO DIA:

MOTEL ARACAJU – R$ 72,00
COMBUSTÍVEL – BA – R$ 70,00
ALMOÇO EM FEIRA DE SANTANA – R$ 43,00
PEDÁGIO -BA– R$ 3,10
PEDÁGIO – BA- R$ 3,10
JANTAR NO SUBWAY EM JEQUIÉ– R$ 16,50
HOTEL EM JEQUIÉ – BA – 70,00

TOTAL R$ 277,70


A saída do Meu Nordeste Maravilhoso



Então vamos lá, quinta-feira, cinco de setembro, oito horas da manhã, eu e Fernando estamos acordados, aliás, acho que nem dormimos, mas isso não importa, o que importa é que colocar toda a bagagem na mala do carro teve que ter planejamento quase estratégico.

Eu estressada pela própria natureza e para piorar, de TPM (vale lembrar que a minha TPM é daquelas insuportáveis), disse o tempo inteiro que não caberia tudo, por que acredite, até patins e skate faziam parte do que era necessário levar para viver em São Paulo. Mas no fim, com a ajuda de Rayo (minha irmã) e Lucas (meu cunhado), tudo foi bem encaixado, inclusive a cuscuzeira e os cabides.

Só conseguimos sair de casa às 10:30h da manhã, mas antes ainda fui me despedir de painho e depois de mainha (pela terceira vez, eu acho) e aí começamos a pegar de fato a estrada, eram 11:30h da manhã.

Na primeira hora só deu pra chegar em Abreu e Lima (cidadezinha antes de Recife), muito caminhão na pista, fizemos em torno de 95 km. Na segunda hora fizemos menos quilometragem, apesar da pista duplicada, o trânsito em Recife era intenso.

Uns 40 km antes da divida PE/AL a estrada é impraticável, muito buraco, crianças no meio da estrada tapando buraco e pedindo dinheiro, não recomendamos ir à noite de jeito nenhum.

A estrada melhorou depois da divisa, ainda com buraco, mas o problema era o trânsito intenso de caminhões, não há sinalização e muito ruim de trafegar.

Para variar fiquei enjoada, tínhamos comprado quatro coxinhas, Fernando comeu as dele e as minhas, por que eu não tava agüentando nem o cheiro.

Na quinta hora, erramos o caminho em 10 km por que seguimos a placa que indicava ir para Maceió e isso nos tirava da BR 101, nos levando para a BR 104 e precisávamos nos manter na 101 já que não era necessário entrar em Maceió, mas mesmo corrigindo o erro, 26 km depois de entrar no caminho certo, pegamos um protesto sabe lá Deus de que, e tivemos que voltar para o  “caminho errado”, pegamos um engarrafamento monstruoso na entrada da cidade e nossos planos começavam a cair por terra, já que não queríamos dirigir a noite.

Abastecemos na saída de Maceió, pois a regra era clara, abastecer antes de chegar a 1/4 do tanque. O litro da gasolina estava o mesmo de João Pessoa, 2,79. Fizemos os cálculos para saber quantos quilômetros o nosso carro (Honda Fit) estava fazendo com 1 litro e chegamos a marca de 17 km/L.

Começou a escurecer e estávamos tentando ir o mais longe que conseguíssemos, mas a estrada está em obra de duplicação e com isso tem muitos desvios e pouca sinalização.

Decidimos parar em PROPRIÁ-SE, entramos na cidade, e tudo muito sinistro, não encontramos pousada e quando Fernando entrou num hotel para vê disponibilidade, não tinha garagem, só tinha homens hospedados e no curto espaço tempo que Ficou lá, percebeu as portas dos quartos sempre abertas. Decidimos comer, voltar para estrada e tentar chegar a Aracaju e assim fizemos.

A estrada estava boa e bem movimentada, chegamos em Aracaju ás 22:20h e paramos para dormir num Motel mesmo.

Ainda de manhã pude falar com meu filhote pelo skype, senti uma saudade gigante e vê ele extremamente emocionado por conseguir me vê pelo computador foi fascinante, pena que a internet não segura muito tempo. A saudade hoje está igual a distância, só aumentando.

Esse foi nosso primeiro dia e deu pra perceber que nem tudo que foi planejado será executado, precisamos traçar novos planos, novos caminhos a cada imprevisto que aparece na estrada, assim como na vida. Estamos à caminho São Paulo, que você me traga parte do planejado e me surpreenda com bons “imprevistos”.

Boa Noite

GASTOS DO PRIMEIRO DIA:
COMBUSTÍVEL EM JP –PB – R$ 132,00
REI DAS COXINHAS – R$ 27,50
COMBUSTÍVEL MACEIÓ –AL  – R$ 69,00
JANTAR EM PROPRIÁ –SE  - R$ 45,00

TOTAL R$ 273,50

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


A LOJA DE DESTINOS

 

Era uma vez uma loja, mas não era qualquer uma, era uma loja de destinos.

Cheia de ofertas tentadoras, algumas coisas em liquidação, outras com preço alto, como em toda loja que se preze, tinha “produtos” com preço de custo e uns que ficavam quase escondidos na prateleira, eram aqueles que quase ninguém comprava, que já foram pra vitrine várias vezes, que todo mundo passava a vista, mas ninguém “corria o risco” de levar pra casa.

Até que um dia um grupo de meninas entrou na loja, ficaram todas deslumbradas com as ofertas, nunca tinha entrado numa loja “desse tipo”, como assim? Destinos à venda?

Pois é crianças, os destinos que estão à venda são esses, estão dispostos em prateleiras, podendo ser vivido a qualquer momento. Qual o destino que vão levar hoje? Ofereceu a vendedora, com um ar de mistério na voz, na verdade era um tom de deboche.

“o que essas meninas, cheias de conceitos engessados, vivendo num mundinho bem confortável, estão fazendo numa loja de destinos?” pensou a “ vendedora de destinos”.

Cada uma daquelas meninas tinham uma vida meio congelada no tempo mesmo, a vendedora tinha um pouco de razão, ela só não sabia que elas descobriram há pouco tempo que o prazer de ser feliz era bem diferente do que tinham vivido até aquele momento.

Eram seis meninas, com vidas bem distintas, com conceitos e pré- conceitos bem declarados, chegavam a ser ridículas quando “pregavam” sobre a vida, mas ali estavam e iam se concentrar em comprar o destino da vez.

Uma se adiantou logo e pegou na prateleira: momentos intensos, viagens, passeios e liberdade. Porém não percebeu que ainda não era a tal reciprocidade procurada.

A segunda não leu duas vezes e escolheu: promessas de vida nova, companhia e romantismo. Esqueceu-se de ler que o medo seria sua companhia e a falta de apoio a faria retornar para a estaca zero.

A terceira não quis nem se mexer, preferiu não comprar nada e não satisfeita, recriminou quem estava comprando. E Mesmo não tocando em nada, essa se esqueceu de ver que na porta da loja, havia um letreiro que dizia: “Se você não leva o destino, o destino te leva”.

Outra escolheu na prateleira de olhos fechados, sem querer saber o que a esperava, pegou o “destino” e engoliu, por que qualquer coisa que viesse seria melhor do que aquilo que vivia. Pois é, essa teve que engolir também:  preconceitos, falatórios, invejas e muita coisa nova, além de uma casa cheia de amor, paz e harmonia.   

Teve a que demorou pra se decidir, mas escolheu: vida nova, um “estrangeiro”, romantismo, cuidado, liberdade, trabalho novo. Essa me parece que foi a que menos prestou atenção nas letras miúdas do rótulo, que tinha: SUA VIDA SERÁ REINICIADA. Pois é, dessa aqui posso falar com mais propriedade.  Parece que o destino disse : você quer viver tudo isso de graça? Vamos ver se sua vontade de viver supera tudo.

No profissional a frase foi a seguinte: LARGUE TUDO, REDESCUBRA SUA VOCAÇÃO. E assim tudo foi reduzido ao nada, ela teve que começar novamente, saiu do emprego promissor, se frustrou, foi demitida de um, pediu pra sair de dois, pagaram mal e não houve reconhecimento, agora parece que nesse critério as coisas começaram a andar.

Amigos? Hã? Isso mesmo, o destino disse: FAÇA NOVOS, ela está triste por perder os velhos, mas já entendeu que só quem aguenta são os fortes mesmo e quem não ficou, quem não esperou, quem não entendeu, se perdeu.

Mais tinha uma coisa que dizia: Sua família é o seu maior refúgio, se alie a eles, se aproxime e verá o quanto isso fortalecerá cada segmento da sua vida.

E eu fiz, fiz tudo que o destino mandou e tantas vezes me perguntei por que, tantas vezes pensei em desistir e tantas outras procurei culpados, mas sei que não adianta parar, o caminho já foi escolhido e eu quero mesmo é seguir, por que a recompensa vale ouro e eu estou mergulhada nisso até o pescoço, não há por que voltar atrás.

Ah! Quase me esqueci.

Teve uma última que comprou o destino e desistiu, mas já era tarde, parte dele já tinha se “entranhado” e parte dele seria vivido, mas nunca seria pra sempre,  ela não largaria o conforto,  mas viveria a montanha russa de querer e se arrepender depois.

Depois que as seis deixaram a loja, cada uma foi pra um lado, como se aquele passeio nem tivesse havido, a ida aquela loja, já era uma peça do destino e por isso, apenas três mantiveram-se unidas e estão hoje vivendo a reciprocidade, o inesperado e o reinicio.

“viva a loja do destino”

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

a Desconstrução

A desconstrução do conceito, da opinião, do caráter.
A desconstrução da Fortaleza!

É tudo mentira, é tudo uma grande mentira....

A vida é uma grande fábrica de conceitos destorcidos.

Não se apegue, não se maltrate, não se enrijeça!

Seja maleável, seja prático, seja mu-tan-te.

Eu criei conceito para tudo, para a roupa que visto, para o carro que ando, para os amigos que faço
até para o restaurante que frequento.

São conceitos demais e vida de menos!

Há quem me ache forte, de coragem e determinação

Há quem acredite que sou inatingível, que sou fria, que sou materialista, mau humorada e insuportavelmente chata.

O pior é que sou tudo isso, mas não somente isso.

 Sou o resultado de uma construção mal acabada

Destorci os fatos e os conceitos.

Agora não sei se continuo a construção ou se desconstruo toda essa merda e começo tudo de novo!



 


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu quero viver


Mesmo vendo tanta gente morta
Morta viva!
Se satisfazer com a metade ou com menos do que isso
É loucura!
Ou Loucura é achar que tem mais por aí?
Ter seis e querer meia dúzia parecem ser a mesma coisa
Mas sabe o que eu vou provar?
Que seis é uma coisa e meia dúzia é outra
Ou na verdade, o que importa é não olhar para o infinito com óculos escuros
Eu tirei os meus óculos, os escuros, porque os de grau, eu na verdade aumentei
Eu quero mais, quero correr o risco de ter menos, mas dizer que corri atrás de ter
Mais!
Vou correr o risco de ter até mais idade, de envelhecer uns 30 anos, mas não vou me
Cansar de tentar, de correr, de chorar, de sorrir... E de perder
Por que sei que perdi, perdi mesmo
 Mas os sapatos estavam me apertando os dedos...
Os botões da roupa estavam sobressaltados
Os cabelos já não cabiam na cabeça de tanto que ela cresceu....
Eu não preciso que me entendam
Não preciso me explicar
Preciso saber deixar
Deixar de sofrer pelo que perdi e
Correr atrás do que vou ganhar....
Ahhhh por que eu sei que alguma coisa eu vou ganhar,
Nem que sejam as borboletas no estômago!