Eu estava pensando com que assunto começar, e não queria falar de mãe e filho e nem de casamento, porque são relações delicadas e que merecem uma postagem bem completa, cheia de detalhes e que nos assemelhe. Mas essa semana, estou passando por uma experiência que há alguns anos não acontecia, e por causa do blog, passei a observar melhor a mim e as pessoas que estão ao meu redor.
Comecei um emprego novo, e fatalmente isso significa fazer novas amizades e novas relações profissionais. Eu tenho uma característica muito forte, falo muito e gesticulo muito mais, chegar num ambiente que já tem um grupo formado não é moleza, é complicado tirar conclusões do tipo: quem é legal, quem não é, quem é boa profissional e tal, e não se engane, enquanto você faz esse raio X do grupo, o grupo inteiro faz esse raio X de você, então, me dei conta, que nos primeiros dias não somos nós mesmas, nada é muito natural, eu por exemplo, tenho me esforçado bastante, para falar baixo, pouco e principalmente, não dá opinião em todos os assuntos, o que eu tenho como hábito. E portanto, estou sendo um pouquinho artificial mas, não confunda com falsidade, por que é longe disso, a tendência é que aos poucos eu consiga mostrar como sou e doa a quem doer e aceite quem quiser, mas aí, já estou no grupo, as pessoas já vão gostar de mim (ou não!!).
Como disse no começo, fazia tempo que não começava num trabalho novo, tem um ano que abri meu próprio negócio, agora em 2011 apareceu esse novo projeto e resolvi agarrá-lo.
Vê tudo isso acontecendo me fez perceber que todo mundo, quando começa num lugar novo, seja trabalho, igreja, universidade, sei lá, qualquer coisa mesmo, tenta esconder o que acha que é defeito, ou o que acha que é exagero, tenho um exemplo e acredito que vão concordar comigo: você chega na universidade, tem um carro do ano e mora na praia e já fez várias viagens, claro, se você não for daqueles exibidos que querem que as pessoas saibam que você é rico de cara, a tendência é primeiro conhecer algumas pessoas, fazer amizades, depois que as pessoas criam um conceito sobre você, e percebem que você é legal, devagar, vão descobrindo que você é podre de rico, mas isso não vai mais fazer diferença, pelo contrário, ninguém vai te achar um burguês metido.
É bem isso, eu tô longe de ser rica, inclusive essa é minha meta, ser rica um dia, mas no meu local novo de trabalho, não falo muito da minha vida pessoal, só se me perguntarem é óbvio, por que quem muito fala de si mesmo quando chega, passa a impressão de esnobe, e que quer ser melhor que os outros, com o tempo, falar de si mesmo se torna corriqueiro. Como percebo que a maioria trabalha pra se sustentar, (eu também tá pessoal mas, esse trampo tem outros objetivos pra mim e também é pra atingir a meta, aquuueelllaaa meta), nenhum sabe que tenho empresa, e acho desnecessário falar sobre isso, quando o assunto surgir...aliás, acho que nem vai surgir, eu vou deixar as coisas fluirem naturalmente.
A melhor coisa, para as experiências novas, é sempre ter paciência e observar tudo, os piores micos são: forçar ser aceito, rir quando nem participa da conversa, fingir que é a pessoa mais disponível do mundo, fica perguntando se querem água ou cafezinho o tempo todo, e ainda tem aqueles que tentam mostrar que não precisam do emprego, que estão ali só pra não ficar em casa sem fazer nada, e o pior de todos, participar das fofocas, com direito a opinião, como fofocar ou ter uma opinião sobre alguém se você acabou de conhecer as pessoas? Corra disso, não precisa fazer fofoca pra ser aceito!!!
Como hoje estou numa posição de empregada, estou falando de mim, mas ao mesmo tempo, tenho função de empregadora, e quando começa um novato a trabalhar comigo, eu sempre penso, só daqui há algumas semanas saberemos quem realmente é!!!!
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